Se existe uma verdade na vida é que, às vezes, as coisas simplesmente não dão certo. Ou melhor: dão certo até o ponto em que começam a dar errado. Clichê? Nada disso: é apenas uma constatação de quem tem relacionamentos longos, mas sente que é hora de seguir um rumo da vida sozinho.
Terminar um relacionamento de longo prazo tem duas vertentes possíveis, geralmente uma atrelada na outra: o alívio e o sofrimento andam juntos, por algum tempo, até que reste apenas o alívio, mesmo. E, embora muita gente ache que é mais difícil, pela convivência e outros fatores, terminar um relacionamento longo pode ser mais tranquilo do que terminar um recém começado. Veja a explicação “científica” para isso:
É mais fácil terminar um “amor tranquilo”
Isso mesmo: quando você ainda está na fase de paixão arrebatadora (até, mais ou menos, um ano e meio de relacionamento) é possível que o sofrimento venha muito mais forte, já que você ainda está “viciado” na outra pessoa. Já com o que conhecemos como “amor tranquilo”, que é o sentimento que nasce da convivência por mais tempo do que a reles paixão, o sofrimento existe, claro, mas ele pode passar com mais facilidade. Além disso, quem tem relacionamento longo e termina pelo fato de que não está mais dando certo pode fazer crescer, no lugar do amor, uma grande amizade.
Aliás, muitos casais de tempos a fio terminam justamente por isso: se tornam mais amigos do que amantes. Nesse caso, a relação se desgasta de tal forma que o sofrimento aparece ao se desligar o cérebro de uma acomodação pré-existente. Em alguns casos, o alívio é quase imediato.
Por isso, a dica é terminar um relacionamento longo da maneira mais delicada e verdadeira possível. Se o seu relacionamento não está mais dando certo, melhor jogar a real do que sair aprontando e traindo sua namorada para deixá-la com raiva ou, simplesmente, para ter mais aventura dentro de uma relação que já morreu. Um macho alfa que se preze tem coragem o suficiente para assumir suas escolhas e terminar de forma amigável algo que já foi muito bom para ele.
E se o relacionamento for conturbado?
Quando você tem um namoro marcado por brigas, ciúmes e agressões (físicas ou verbais), terminar tudo isso pode ser a salvação da sua vida, mas pode ter certeza que o começo do fim vai ser bem turbulento.
Isso porque nenhuma das partes aceita muito fácil sair dessa zona de comodidade, mesmo quando ela é autodestrutiva, e a maior probabilidade é que o relacionamento acabe em um ataque de impaciência de um dos dois. Nesse caso, se essa for sua verdadeira vontade, você tem que lutar muito para não voltar atrás – que é o que acontece na maior parte das vezes com os casais turbulentos.
De qualquer forma a conversa franca é sempre a melhor solução. Ela pode chorar, espernear, querer bater, falar que tem certeza de que você tem outra… mas, um dia desses, ela vai aceitar. O que você não pode fazer de jeito nenhum é cair na pilha dela e tentar dar uma nova chance, principalmente porque você a conhece há anos e sabe que nada vai mudar.
Ela pode chorar, espernear, querer bater, falar que tem certeza de que você tem outra… mas, um dia desses, ela vai aceitar.
Além disso, se o relacionamento é ruim para você, provavelmente é ruim também para ela. Nenhuma das partes fica “de boa” em um namoro cheio de brigas e turbulências. Por isso, o ato de criar coragem e terminar é um gesto até altruísta, de quem não teve medo do futuro e resolveu salvar os dois de um relacionamento completamente frustrado e frustrante.
No fim das contas, é melhor para todo mundo terminar um amor que já deixou de ser amor. Senão, nas estradas da vida, a mágoa causada por essa frustração pode ser maior do que o término em si.